“SIM! Vale a pena lutar”, é a mensagem que o PCP dirige às mulheres
neste 8 de Março – Dia Internacional da Mulher, através da distribuição
do seu folheto por todo o País, entre outras acções que assinalam
também esta data. Valorizando o resultado do Referendo de 11 de
Fevereiro e a luta travada ao longo de décadas pela despenalização do
aborto, o PCP apela às mulheres para que reforcem a sua luta organizada
pela por mudanças políticas que concretizem os seus direitos
constitucionalmente consagrados.
Em defesa dos direitos das mulheres
Interromper as políticas geradoras de injustiças e discriminação
O resultado do Referendo de 11 de Fevereiro derrotou as concepções mais
obscurantistas e conservadoras em relação aos direitos das mulheres,
representando uma importante vitória da mulher no que diz respeito à
defesa da sua saúde e dignidade e uma afirmação de valores
progressistas e democráticos.
A valorização desta importante vitória não pode silenciar o facto de
todos os dias os direitos das mulheres das classes trabalhadoras serem
postos em causa, proliferando em todos os domínios da sociedade
exemplos gritantes e reveladores das novas barreiras à efectivação do
direito à igualdade, em resultado das políticas económicas, laborais e
sociais do Governo do PS.
Todos os dias são anulados, na prática, importantes direitos
constitucionais das mulheres, bem patente nas crescentes dificuldades
de acesso ao primeiro emprego, nos baixos salários, nas discriminações
salariais e na generalização do trabalho precário.
Para servir o objectivo de crescente concentração da riqueza na mãos de
uma minoria, o Governo do PS inviabiliza o acesso das mulheres ao
emprego em condições de igualdade e o direito ao trabalho com direitos.
Aumenta os custos dos bens e serviços essenciais. Enfraquece os
sistemas públicos de saúde, de segurança social e de ensino, bem
exemplificado no encerramento de maternidades, de serviços de urgência
e de escolas; no aumento dos custos de saúde e na redução de direitos
de protecção social no desemprego, na velhice e na crescente
privatização dos equipamentos de apoio à infância e aos idosos.
Estas são causas da degradação das condições de vida e das crescentes
injustiças na distribuição do rendimento nacional em detrimento das
mulheres trabalhadoras e idosas, muitas delas sujeitas a graves
situações de pobreza e de exclusão social.
Por tudo isto é necessário interromper estas políticas geradoras de
desigualdade e discriminação, exigindo mudanças justas e necessárias à
concretização do direito à igualdade das mulheres no trabalho, na
família, na vida social e política.
Despenalização do aborto:
Aprovação de nova lei a ser cumprida
pelo Serviço Nacional de Saúde
O PCP, que se bate há décadas pela despenalização do aborto em
Portugal, destaca neste 8 de Março a importante vitória alcançada com
o Referendo de 11 de Fevereiro e o seu compromisso na exigência de que
a aprovação da nova lei represente a garantia do seu cumprimento pelo
Serviço Nacional de Saúde.
Para o PCP, a garantia de realização de uma interrupção voluntária da
gravidez em condições de segurança e privacidade pelo Serviço Nacional
de Saúde é parte integrante da luta pela concretização de cuidados
médicos qualificados na gravidez, no parto e pós-parto; pelo acesso à
educação para a saúde e sexualidade e às consultas de planeamento
familiar; pela gratuitidade dos métodos contraceptivos; pela prevenção
e tratamento de doenças do aparelho reprodutor e de outros problemas
ginecológicos; e pela prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis.
O PCP neste 8 de Março de 2007
“SIM! Vale a pena lutar”, é a mensagem que o PCP dirige às mulheres
neste 8 de Março, através da distribuição do seu folheto por todo o
País, entre outras acções que assinalam também esta data.
Destaca-se, ainda, neste âmbito, a edição da Agenda Mulher 2007, que
assinala os 150 anos do nascimento de Clara Zetkin que, em 1910, propôs
que todos os anos e em todos os países se celebrasse um Dia
Internacional da Mulher.
Valorizando o papel da luta travada ao longo de décadas pela
despenalização do aborto, e na continuidade das razões históricas da
criação do Dia Internacional da Mulher, o PCP apela às mulheres para
que reforcem a sua luta organizada pela exigência da interrupção
destas políticas e por mudanças políticas que concretizem os seus
direitos constitucionalmente consagrados.
O PCP continuará a intervir em defesa dos direitos das mulheres
exigindo a melhoria da qualidade de vida e uma justa repartição do
rendimento nacional a favor das mulheres e famílias das classes
trabalhadoras; a autonomia económica das mulheres; a protecção da
função social da maternidade e paternidade; uma Escola Pública gratuita
e de qualidade que incorpore a prioridade da implementação da educação
sexual; o reforço da protecção social das mulheres no âmbito dos
sistemas públicos de saúde e de segurança social; medidas que promovam
a igualdade de direitos na família e o direito à vida familiar e
profissional; criação de condições para o reforço da participação
social e política das mulheres.