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PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Grupo Parlamentar


Reunião de delegação do PCP com Director da ACTA

Comunicado de Imprensa:

 

Uma delegação do Partido Comunista Português, integrando o deputado do PCP eleito pelo Algarve, Paulo Sá, reuniu, no passado dia 11 de Julho, com Luís Vicente, o Director da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, na sede da Companhia.

 


 

Os participantes no encontro valorizaram o facto de esta Companhia, criada em 1995, ser uma estrutura de produção com carácter profissional que, a par da programação artística regular, tem como prioridade a divulgação do teatro junto das escolas dos 16 concelhos algarvios. Além do Teatro para a Educação, o Serviço Educativo desta Companhia (VATe – Vamos Apanhar o Teatro) chega por ano a cerca de 6000 crianças do 1º ciclo, sobretudo no interior serrano, graças a um autocarro equipado com palco, plateia, régie, bastidores e camarins. Não ao acaso o VATe recebeu, em 2010, o Prémio Gulbenkian para a Educação que confirma a enorme valia da sua actividade.

Por disseminar o teatro entre a população algarvia sem perder de vista a referência cosmopolita, a delegação do PCP identificou no projecto da ACTA um modo de divergir da realidade regional que enfeuda tantas vezes a produção e a fruição artísticas aos ritmos sazonais do turismo e pouco combate as assimetrias geográficas, a forte selectividade de públicos e a precariedade de projectos estruturantes neste domínio.

E, todavia, a ACTA vê-se confrontada com a demissão do Estado que não tem seguido um rumo coerente em termos de políticas culturais e quebra a curva de maturação de projectos artísticos como o seu. A recente despromoção da estrutura governativa para a cultura de Ministério para Secretaria de Estado dá, aliás, sinal de uma secundarização da cultura que, de acordo com as propostas defendidas pelo PCP, deve constituir um domínio basilar na formação dos cidadãos.

A escassez e a incerteza do investimento central e local tem ameaçado desarticular o capital humano e organizativo da estrutura da ACTA. No entanto, a situação presente agudiza ainda mais este cenário instável, já que, para os anos de 2011 e 2012, os cortes orçamentais do poder central e autárquico poderão atingir quase 50%, não deixando margem financeira para além das despesas fixas da Companhia. Daí que seja grande a apreensão dentro da ACTA, não apenas porque terá de reduzir contra a sua vontade a programação prevista mas também porque pode pôr em perigo o seu futuro enquanto entidade produtora de teatro.

Os participantes no encontro convergiram na rejeição deste quadro de asfixia financeira que ameaça quebrar e privar os algarvios da fruição teatral e da aprendizagem artística. A delegação do PCP e o director da ACTA acordaram em manter contacto regular, comprometendo-se o deputado Paulo Sá a usar o dispositivo parlamentar das perguntas ao Governo para indagar e exigir do novo Executivo a reposição dos apoios sustentados do poder central à Companhia de Teatro do Algarve.

 

Faro, 13 de Julho de 2011

 

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