Direcção da Organização Regional do Algarve

A DORAL eleita na 7ª Assembleia da Organização Regional do Algarve, que se realizou no passado dia 5 de Dezembro, realizou a sua primeira reunião e procedeu à eleição dos seus organismos executivos – executivo e secretariado da DORAL, bem como à análise de aspectos da situação social regional, assim como das eleições para a Presidência da República.
Agrava-se a situação social
Para além do preocupante caso da GroundForce e da periclitante situação da ALISUPER/ALICOOP cujo processo, por inacção das entidades públicas, corre o risco de voltar à estaca zero, pondo em risco os postos de trabalho, regista-se o reincidente caso do hotel Montechoro, cujos trabalhadores têm dois meses de salários em atraso, e a situação no Grupo Luna, com o patrão a querer que 90 trabalhadores assinem a caducidade do seu contrato, livrando-se assim das obrigações legais que tem. Regista-se ainda a situação de salários em atraso na empresa de Cash & Carry Rosa Cardoso e Rodrigues, em Lagos.
A DORAL considera inqualificável a completa inacção do Governo PS perante o alastramento dos dramas sociais na região. Inacção na adopção de novas medidas geradoras de emprego, mas inacção também no uso de mecanismos já existentes e que, se direccionados para esse objectivo e agilizados na sua concretização, constituiriam uma alavanca. Está neste caso o QREN cuja taxa de execução é incompreensivelmente baixa. Por exemplo, o programa potencial humano está com uma taxa de execução de 12,2%. Noutro plano, o avanço para a construção do novo Hospital Distrital cuja promessa era ter o seu arranque no trimestre que está a acabar e que não começou.   
A DORAL torna a afirmar a urgência da adopção de um plano de emergência para o Algarve que minimize a situação do desemprego e dos dramas sociais que arrasta. Neste contexto, ganha ainda mais sentido que o governo cumpra o acordo feito de aumento do salário mínimo nacional para 500 euros a partir de Janeiro.
A DORAL do PCP manifesta a sua solidariedade aos trabalhadores e exorta-os a não ceder à chantagem patronal e à luta em defesa dos seus legítimos direitos.  
Candidatura de Francisco Lopes: confiança nos trabalhadores, no povo e no país
A DORAL considera como muito positivo a crescente afirmação da candidatura de Francisco Lopes um pouco por toda a região. Cerca de oitenta dirigentes e delegados sindicais do Algarve já manifestaram o apoio à candidatura, comissões concelhias da candidatura já estão constituídas.
A DORAL do PCP coloca a todas as organizações e militantes a intensificação das acções de esclarecimento e contacto com os trabalhadores e as populações para o voto em Francisco Lopes no próximo dia 23 de Janeiro.
Ao contrário do que pretende passar para o povo, Cavaco Silva tem responsabilidades na situação a que o país chegou. Foi com Cavaco Silva que tiveram início as parcerias público-privadas que hoje muitos criticam, mas tudo consentiram ao longo de anos. Foi com Cavaco Silva que foi iniciado o acelerado processo de destruição das pescas e da agricultura, do pagar para não produzir. Foi com Cavaco Silva que tiveram lugar profundas alterações nos portos e a destruição de estaleiros navais, afectando a política marítima e o tal desígnio do mar de que hoje tanto fala.
A candidatura de Francisco Lopes é a candidatura livre de compromissos com a política de direita e que assume o exercício das funções e poderes presidenciais vinculada aos valores de Abril. Esta é a candidatura que protagoniza uma alternativa para o exercício das funções do Presidente da República, marcada pela determinação e confiança na força dos trabalhadores e do povo, na projecção dos valores de Abril, num Portugal com futuro.
Francisco Lopes que estará novamente no Algarve para um conjunto de iniciativas que terminam com um Jantar em Boliqueime pelas 20 horas.

10 de Dezembro de 2010                                        A DORAL do PCP