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PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Direcção da Organização Regional do Algarve

 

Comunicado da DORAL

 

 

1- O final deste ano de 2013 vem confirmar todos os alertas e denúncias do PCP quanto ao rumo de desastre nacional que atinge o país e a região. Longe da propaganda e da demagogia desenvolvida pelo Governo e pelos propagandistas dos interesses do grande capital, aí está a dura realidade que leva o Algarve a viver a sua pior crise desde os tempos do fascismo. Esta situação poderá ainda ser agravada, caso venham a concretizar-se o Orçamento do Estado para 2014 e as medidas que este comporta, como sejam cortes em salários, pensões, funções sociais do Estado, investimento público e autarquias locais, a par das privatizações e outras benesses para o grande capital.

 

É sobretudo sobre os trabalhadores da região que se fazem sentir as consequências da política de exploração e empobrecimento em curso: o desemprego atinge máximos históricos, durante o longo inverno, indo além dos 60 mil trabalhadores; a redução de salários e remunerações no sector público e privado; a precariedade alastra-se, os novos contratos de trabalho que têm como referência o salário mínimo e até menos; o aumento do trabalho não pago e dezenas de empresas com salários em atraso ou à beira da insolvência (caso do grupo Moviflor); o desrespeito da contratação colectiva e a imposição de novos mecanismos de exploração como os bancos de horas nas grandes cadeias de distribuição (casos das lojas Pingo Doce e Continente) ou as 40 horas na Administração Pública central e local; centenas de trabalhadores, muitos deles qualificados, estão a ser empurrados para emigração, com uma dimensão a que não se assistia desde os anos 60 do século passado.

 

2- Sobre o conjunto da população pesam, além de todas as medidas impostas ao longo dos últimos anos pelos sucessivos governos, a política de ataque aos serviços públicos e, tal como o PCP atempadamente denunciou após as eleições autárquicas, uma nova vaga de serviços encerraram – tesourarias da Segurança Social (em São Bartolomeu de Messines ou Quarteira); extensões de saúde ( no Azinhal, Odeleite ou Vaqueiros); serviços de transporte ferroviário em São Marcos da Serra, Acrescem ameaças de encerramento de 6 repartições de Finanças ou do Tribunal em Monchique. Simultaneamente, no seguimento da fusão dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos, está em curso um processo de degradação dos cuidados de saúde no âmbito do Centro Hospitalar do Algarve que abrange meio milhão de habitantes.

 

Importa lembrar como a população é massacrada pelas portagens na Via do Infante (desde Dezembro de 2011) e pelo completo abandono do investimento público: vejam-se as obras paradas na EN125 e em várias escolas (no âmbito da Parque Escolar) ou a ausência de perspetivas para investimentos futuros, fundamentais para o desenvolvimento da região e sistematicamente reivindicados pelas populações. Tal é o caso dos investimentos nas vias de transportes e comunicações – a eletrificação e duplicação da ferrovia; portos e barras do Algarve; ponte internacional de Alcoutim; etc.

 

3- No plano económico, pese embora os tão propalados resultados deste ano de algumas empresa na área do Turismo (sem qualquer reflexo nas condições de vida dos trabalhadores do sector), a verdade é que continuam por aproveitar as imensas potencialidades produtivas da região. O Algarve praticamente viu desaparecer a sua actividade industrial - aprofundando-se um modelo assente na monoactividade do Turismo, na especulação, no lucro imediato com mão-de-obra barata e pouco qualificada e que despreza o papel do mercado interno e de milhares de PME's. A esta realidade somam-se agora mais ameaças sobre todo o sector das pescas e, de forma muito preocupante, a Ria Formosa, já que milhares de mariscadores e viveiristas viram as suas zonas de intervenção serem abruptamente desclassificadas pelo Governo. Ao mesmo tempo pequenos produtores agrícolas são massacrados por desproporcionadas obrigações fiscais – como o IVA - face aos parcos rendimentos obtidos.

 

4- Perante esta situação o PCP sublinha que esta política e o modelo económico que ela arrasta, a não serem interrompidos, agravarão todos os problemas da região. Neste sentido é urgente que o país se liberte e rejeite o Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS assinaram com a União Europeia e o FMI. Impõe uma ruptura com a política de direita que há mais de três décadas e meia domina o país, pela mão destes três partidos. É necessário demitir este governo e realizar eleições antecipadas. Só uma política patriótica e de esquerda e um governo que a concretize poderão devolver ao povo e ao país tudo quanto lhe tem sido roubado, permitindo respeitar e garantir direitos, afirmar os valores de Abril e a Constituição da República enquanto elementos para um Portugal e uma região com futuro.

 

5 – O PCP saúda a intensa luta dos trabalhadores e das populações que no país e na região têm feito ouvir a sua voz. Às centenas de pessoas que participaram na Marcha por Abril realizada no passado dia 19 de Outubro em Lisboa, seguiram-se os milhares que no dia 26 de Novembro, em mais de uma dezena de acções no Algarve, promovidas pela CGTP-IN, rejeitaram o Orçamento do Estado que PSD e CDS aprovaram na Assembleia da República.

 

A luta tem tido expressão concreta e sectorial nos últimos meses em várias acções mobilizando: professores; forças de segurança; trabalhadores da justiça; ferroviários; trabalhadores da portaria e vigilância; mariscadores, viveiristas e pescadores; pais e encarregados de educação; reformados e pensionistas, etc. Confirma-se, assim, um forte e abrangente caudal de lutas que são o principal obstáculo aos objectivos do governo e do grande capital e o grande factor de transformação social e construção de uma mudança na vida do país.

 

Apelando à intensificação da luta de massas, o PCP assinala a importância da concentração marcada para o próximo dia 17 de Dezembro em Castro Marim e da Marcha em Portimão para 19 de Dezembro, acções que se integram na semana de luta convocada pela CGTP-IN e que, entre outros objectivos, visa exigir ao Presidente da República que cumpra a Constituição e vete a proposta de Orçamento do Estado para 2014.

 

6 – No seguimento de uma intensa actividade e intervenção do PCP ao longo de 2013, com destaque para o êxito com que foram travadas as últimas eleições autárquicas e para os resultados alcançados pela CDU, a DORAL evidencia a realização nos passados dias 2 e 3 de Dezembro, das Jornadas Parlamentares do PCP no Algarve, a campanha de contacto e mobilização das populações sob o lema “Basta de roubos e mentiras”; e as comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal, com a realização de dezenas de iniciativas ao longo de todo o ano e que contribuíram para a afirmação do ideal e do projecto comunistas.

 

A DORAL do PCP, ao mesmo tempo que valoriza o empenho dos seus militantes e organizações da região nas muitas e exigentes tarefas que a actual situação impõe, aponta para 2014 a necessidade de intensificar a luta de massas, a iniciativa e intervenção políticas e o reforço do Partido. Neste âmbito, têm particular destaque o recrutamento e integração de novos militantes, assim como a realização da 8ª Assembleia da Organização Regional do Algarve do PCP, no final do ano.

 

A DORAL do PCP apela ainda para o máximo empenhamento e participação no próximo ano nas comemorações do 40º Aniversário da Revolução de Abril. No actual quadro político, económico e social, essas comemorações serão uma inquestionável oportunidade de afirmação dos valores da liberdade, da democracia, do desenvolvimento e do progresso social, da defesa da Constituição da República e do regime democrático, do caminho de libertação e emancipação dos trabalhadores e do povo português contra todas as formas de exploração e opressão, inseparáveis da luta pela construção de uma sociedade nova, do socialismo e do comunismo em Portugal.

 

Faro, 13 de Dezembro de 2013

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PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Direcção da Organização Regional do Algarve

 

Pelo direito a produzir! Defender a Ria Formosa

Comunicado:

O Governo veio, por intermédio do Despacho n.º 15264/2013, de 22 de novembro (publicado no Diário da República n.º 227, 2.ª série) reclassificar as zonas de produção de moluscos bivalves na Ria Formosa e no litoral oceânico algarvio. Face a esta decisão, que apanhou de surpresa milhares de mariscadores, viveiristas e pescadores da pesca com ganchorra na captura de bivalves do litoral algarvio, o PCP considera o seguinte:

1- O Governo ao promover a desclassificação de zonas de produção de moluscos bivalves, na Ria Formosa e em diversas outras zonas estuarino-lagunares e litorais do país, criou uma situação dramática para milhares de pessoas que, de um dia para o outro, viram a sua atividade seriamente comprometida. Uma situação tão mais inaceitável quanto é resultante da inação de sucessivos governos do PS e do PSD/CDS, bem como das respectivas autarquias dos concelhos envolventes da Ria Formosa que foram adiando os investimentos necessários à promoção do imenso potencial económico da Ria Formosa de forma harmoniosa com o meio ambiente, nomeadamente, tratamento de águas residuais e esgotos, combate à poluição e dragagens (que não se fazem desde o ano 2000).

2- Mais do que uma simples reclassificação, o que esta decisão do governo pode vir a determinar - com a passagem de 70% dos viveiros que estavam classificados na zona B para a zona C com o aumento insustentável dos custos de produção e a diminuição do rendimentos - é o aumento do desemprego, da miséria e da fome, a possível aniquilação deste sector de atividade na região e a expulsão de milhares de mariscadores e viveiristas da
Ria Formosa.
3 - Uma decisão que foi tomada nas costas dos mariscadores e viveiristas e à margem das suas organizações representativas. Uma decisão que foi supostamente tomada na base de análises realizadas durante os últimos três anos sem que tivesse sido entretanto tomada qualquer medida preventiva ou corretiva. Uma decisão que indo ao encontro das imposições da União Europeia, não pode deixar de responsabilizar os sucessivos governos que só se
lembram da Ria quando se trata de cobrar taxas e licenças aos viveiristas, bem como, algumas autarquias que, seja por opção, seja pelos cortes efetuados pelo governo, continuaram a adiar medidas urgentes.

4 – Os mariscadores, os viveiristas e os pescadores da pesca com ganchorra têm o direito a produzir. São eles e não outros os primeiros interessados em conservar a Ria Formosa de forma equilibrada e sustentável. E são eles e não outros os primeiros interessados na urgente resolução destes problemas, sejam os que foram provocados pelo despacho do Governo, sejam o conjunto de problemas estruturais que a política de direita ao serviço dos grupos económicos e financeiros e de abandono do aparelho produtivo regional e nacional, impôs ao longo das últimas décadas.

5 – O PCP, ao mesmo tempo que saúda e apela à intensificação da luta que está em curso - que teve já expressão no plenário realizado no dia 4 e na concentração no dia 5 deste mês e que envolveu largas centenas de pessoas, mobilizadas por várias organizações e pelo movimento sindical unitário - repudia a atitude de desresponsabilização do Governo que na reunião realizada na passada 6ª feira (dia 6 de Dezembro) com estas organizações e com as autarquias locais não assumiu qualquer compromisso para a suspensão ou revogação do dito despacho, desculpando-se com a União Europeia com quem diz pretender negociar.

6- Dando continuidade à intervenção que os comunistas têm tido em defesa deste sector, como ainda recentemente ficou demonstrado nas jornadas parlamentares realizadas no Algarve, o PCP considera necessário:

a) Proceder à imediata revogação ou suspensão do Despacho n.º 15264/2013, de 22 de novembro, a fim de poderem ser feitas novas análises à qualidade das águas.

b) Avançar, enquanto esta situação se mantiver, com a suspensão do pagamento da taxa dos recursos hídricos e de outras responsabilidades perante o Estado que a manterem-se serão incomportáveis face à ausência de rendimentos, a par de medidas compensatórias da brutal queda de rendimentos das populações que esta situação está a causar.

c) Avançar de forma urgente e integrada – envolvendo as organizações representativas do sector, as autarquias locais, o Parque Natural da Ria Formosa e os organismos do Estado competentes – com apoios e investimentos para a concretização de um plano de intervenção global na Ria Formosa, nomeadamente, por via da melhoria do tratamento de águas e esgotos nas zonas envolventes, da realização de dragagens, da formação profissional para a a actividade do marisqueio, do reforço financeiro e humano dos organismos responsáveis pela conservação, preservação e aproveitamento da Ria
Formosa.
d) Avançar para uma política que apoie e promova o potencial produtivo do Algarve que, mais do que cínicas palavras em torno da economia do mar, promova de facto a valorização de uma fileira produtiva em torno das pescas e do marisqueio potenciadora da criação de emprego, do desenvolvimento da indústria, do respeito pelo meio ambiente e sobretudo da melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das populações. Fileira produtiva inseparável do reforço do investimento público e que deve envolver a captura e gestão de recursos, a transformação, a investigação e a comercialização.

7- Estas e outras medidas que, a par do questionamento do Governo e da União Europeia, serão transformadas num projeto de resolução a apresentar ainda este mês pelo PCP na Assembleia da República, não dispensam, antes exigem, a continuação da luta pela demissão do Governo e por uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que rompendo com o rumo de desastre que está em curso e que toda esta situação também veio a confirmar.

Faro, 12 de Dezembro de 2013
O Secretariado da DORAL do PCP

 

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