X Assembleia da Organização Regional do Algarve

A Intervenção do Partido no concelho de São Brás de Alportel

Faro, 10 de Dezembro de 2022face Mara Beldroegas

 

Camaradas, amigas e amigos,

Em nome da concelhia de São Brás de Alportel, saúdo todos os delegados e convidados desta 10ª Assembleia da organização Regional do Algarve.

Camaradas,

A organização de São Brás de Alportel tem pouco mais de duas dezenas de militantes, havendo alguns camaradas que, por motivos de saúde e idade, se encontram actualmente afastados da vida do Partido, afastamento agravado pelas contingências do período de epidemia de COVID19.

Estas condicionantes são origem e reflexo das dificuldades no recrutamento e posterior responsabilização de mais camaradas por tarefas e trabalho partidário, e, consequentemente, na visibilidade do trabalho desenvolvido, como na capacidade de actuar junto das populações com mais frequência e de directamente conversar com os que nos são próximos ou que de nós se aproximam.

São Brás de Alportel é, à semelhança dos outros municípios algarvios, “vítima” da sua localização geográfica, onde comprar ou arrendar casa consome grande parte dos rendimentos dos trabalhadores, esmagados entre rendas exorbitantes e a falta de habitação, convertida em alojamento local ou vendida a preços especulativos.

A Concelhia de São Brás de Alportel foi também afectada por esta carência de imóveis, que se estende aos espaços culturais e sociais, ficando desde 2018 sem Centro de trabalho e vendo-se obrigada a manter a actividade organizativa em locais diversificados.

Sendo um concelho dormitório, são muitos os são-brasenses que se vêm obrigados a todos os dias sair e voltar depois de um dia de trabalho a vários quilómetros de distância.

O concelho não tem indústria ou comércio de grande envergadura, com excepção dos supermercados que empregam, ainda assim, pouca gente, e os maiores aglomerados de trabalhadores estão na Câmara Municipal ou em valências do Estado Central.

Contudo, esta concelhia, não deixou de estar onde se sente melhor: na rua, junto das populações e dos trabalhadores.  Exemplo disso foi a colocação de bandeiras na Avenida da Liberdade, em comemoração do centenário do partido, e a sessão de apresentação do livro “100 anos de Luta”, quando ainda muita gente criticava abertamente qualquer actividade que não se resumisse ao circuito trabalho-casa.

Também, apesar das limitações, não descurou o trabalho autárquico e eleitoral, garantindo a intervenção do PCP e campanha presencial e pelas vias digitais.

Foi assim quando a concelhia de São Brás de Alportel, após denúncia de cortes ao apoio ao associativismo, quando as associações já sofriam as consequências da quebra de actividade motivada pela pandemia, se manifestou pela reversão dessa medida.

Foi assim quando esteve com os pequenos produtores agro-pecuários, tomando posição sobre os ataques de cães errantes a animais de criação e por várias vezes insistindo com a Autarquia para proceder à instalação de um Centro de Recolha Oficial de Animais. Ou quando os moradores afectados pelo mau funcionamento da Central de Valorização Orgânica da ALGAR instalada no concelho vieram ter com o Partido, este deu pronta resposta exigindo correcção das situações que prejudicam os residentes.

Se é certo que se a intervenção do PCP nem sempre conseguiu a reversão das medidas e situações danosas, temos a certeza de que, não tivesse sido o PCP, tudo teria sido ainda pior.

Destacamos também o trabalho constante de acompanhamento do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, que muito tem sofrido com as erradas políticas do GovernoProblemas que só não são piores por conta do enorme empenho e dedicação de todos os profissionais deste Centro.

O Centro encontra-se, desde Agosto de 2017, sob a direcção do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve. Saído de uma parceria público-privada, veio a confrontar-se com limitações de fundos e pessoal, em virtude do crónico subfinanciamento do SNS.

O PCP sempre entendeu que esta unidade deve ser parte do SNS, o que não admite é que passando este Centro para mãos públicas, fique privado de recursos que antes existiam para acomodar a gestão privada.

O Partido interveio em defesa da população, dos trabalhadores e dos utentes. Foi assim, por mais que uma vez, após denúncias do “Movimento Determinante – Associação de Cidadãos com Deficiência, seus Cuidadores e Amigos”, que o Partido tomou posição sobre suspensão da fisioterapia em ambulatório, a redução de horas de terapia no internamento e ainda o incumprimento por parte do Governo no que concerne à reabertura das camas de internamento. Foi assim em Junho de 2021 e julho de 2022, quando, através da CDU, se apresentou na Assembleia Municipal uma moção PELA VALORIZAÇÃO DO CENTRO. Tudo isto sem contar com as várias presenças, visitas institucionais e manifestações, e será assim sempre que a população e os utentes precisem.

Conscientes de onde partimos e dos desafios futuros, encaramos com preocupação a necessidade de recrutamento e rejuvenescimento do Partido. Mas é também com renovado optimismo, que sabemos que o trabalho e persistência darão os seus frutos, e por isso continuaremos a trabalhar para denunciar e resolver os problemas das populações e a lutar pela concretização das justas aspirações dos trabalhadores e do povo português.

Viva a 10.ª Assembleia de Organização Regional do Algarve do PCP!

Viva o Partido Comunista Português!

 

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