Algarve.

  • X AORAL - O direito à livre criação e fruição artística , Luís Fagundes

    X Assembleia da Organização Regional do Algarve

    O direito à livre criação e fruição artística , Luís Fagundes

    Faro, 10 de Dezembro de 2022

    face Luis FagundesCamaradas,

    A cultura, nas suas múltiplas expressões, das mais eruditas às mais populares, é um pilar fundamental no desenvolvimento de qualquer sociedade, quer seja como criação quer pela garantia do seu acesso por todos, independentemente da sua condição económica e social.

     O sector cultural no Algarve, foi duramente atingido nos últimos anos com os impactos da pandemia dos quais ainda não recuperou totalmente. Este é um sector que continua a lidar diariamente com graves insuficiências de recursos humanos e financeiros. Visíveis na fraca programação cultural cada vez mais limitada a eventos de entretimento popular, que enchem as agendas estivais, transformando o espaço cultural num produto para agradar e atrair o turismo.

     Neste cenário, há no entanto que destacar pequenos grandes redutos de resistência aos danosos cortes à criação e fruição cultural algarvia, desde as estruturas profissionais como a Orquestra Clássica do Sul do Algarve, a Companhia de Teatro do Algarve-ACTA, a Companhia de Dança do Algarve e os vários Conservatórios de Música e Dança; mas também as estuturas associativas populares, pelas Bandas Filarmónicas, Grupos Etnográficos, Grupos de Teatro, Cineclubes, Associações de Músicos e Artistas, Associações de Defesa do Património entre outras, que conscientes da importância do trabalho colectivo desenvolvido, têm a força e capacidade reivindicativa junto de autarquias e outros organismos, obrigando à descentralização de competências em troca de parcos financiamentos que depois são populistamente rotulados como apoios à cultura.

     Na semana passada ficámos a saber que, no concurso promovido pela DGARTES, várias estruturas culturais do Algarve ficaram de fora desse financiamento. É o caso da Acta - A companhia de Teatro do Algarve, do JAT - Colectivo Janela Aberta Teatro - Associação Cultural, da Corpodehoje - Associação Cultural, entre outras. Uma situação que revela uma vez mais a política de subfinanciamento, instabilidade e discricionaridade que norteia a acção deste governo.

     A organização dos trabalhadores da cultura na nossa região é também uma necessidade, mas deve ser também um objectivo da intervenção política do Partido. Músicos, actores, bailarinos, encenadores, artistas plásticos, escritores, compositores, fotógrafos, maestros, programadores, técnicos, produtores, entre muitos outros. Ao todo, serão centenas de trabalhadores, de homens e mulheres, cuja sua actividade, é indispensável à nossa sociedade e que não só precisam de ser valorizados como o seu papel é insubstituível na defesa do direito à livre produção e fruição cultural.

     Apesar da descida do IVA nos instrumentos musicais para 13%, da reposição deste imposto para os espectáculos culturais para 6 %, apesar de ter sido reposto o acesso gratuito aos Domingos aos museus e monumentos nacionais, medidas que são inseparáveis da intervenção do PCP nos últimos anos, o direito constitucional à criação e fruição cultural continua a ser subvertido. Quer pela forma como os profissionais da cultura são tratados, quer pela proliferação dos falsos mecanismos de uma suposta subsidiodependência como o mecenato, o financiamento colectivo (vulgar crowdfunding), e usando muitas vezes a criatividade, isto é a valência natural e essencial do Homem de pensar e transformar o mundo, como variável passível de ser integrada em qualquer mecanismo de avaliação económica capitalista.

     A preservação do património cultural algarvio, incluindo o da cultura popular, continua num caminho regressivo de alienação e deterioração, ao mesmo tempo que, em muitos casos, o seu acesso se distancia da população residente em benefício do turismo e da crescente concessão aos grupos económicos para a realização de eventos. A rede museológica carece de meios para a sua dinamização, sendo urgentes investimentos que permitam salvaguardar o seu conjunto apelativos às escolas, população e visitantes. Faltam recursos humanos, cujo funcionamento em níveis mínimos põe em causa a segurança do espólio de que são guardiões. No atual contexto de profundas pressões e alterações sobre os tecidos urbanos, é crucial a adopção de políticas e estratégias de salvaguarda do bem-estar das populações, para o qual tanto contribui a conservação e valorização do património cultural.

     Assim, nesta assembleia exigimos o reforço dos apoios às instituições profissionais e associativas da cultura algarvia, a melhoria das condições laborais dos trabalhadores do sector, das intervenções sobre o património cultural nacional e local, no fim a concretização na sua plenitude do direito constitucional de abril à criação e fruição cultural.

     

    Viva a X Assembleia da Organização Regional do Algarve

     Viva a Juventude Comunista Portuguesa

     Viva o Partido Comunista Português

  • X AORAL - Relatório da Comissão de Verificação de Mandatos, Ricardo Martins

    X Assembleia da Organização Regional do Algarve

    Relatório da Comissão de Verificação de Mandatos, Ricardo Martins

     Faro, 10 de Dezembro de 2022

    face Ricardo Martins

    A Comissão de Verificação de Mandatos examinou a documentação relativa à eleição dos delegados à X Assembleia da Organização Regional do Algarve .

    Chegaram as fichas de presença de 135 delegados, cujos mandatos a Comissão de Verificação de Mandatos confirma, por estarem de acordo com as normas do Regulamento para o debate no Partido e eleição de delegados, verificadas que foram as Actas das Assembleias Electivas e as fichas dos delegados presentes.

    A Comissão de verificação de mandatos examinou os processos de substituição de 7 delegados efectivos pelos respectivos suplentes, eleitos nas mesmas Assembleias, tendo sido constatada a regularidade da eleição dos respectivos suplentes segundo a condição a que se refere o Regulamento para o debate e eleição de delegados.

    A preparação da X Assembleia (com a realização das assembleias plenárias electivas, mas também com muitas outras assembleias de discussão do projecto de resolução política e variadas reuniões, nomeadamente de organismos do Partido e que se articulou com a preparação da Conferência Nacional) requereu um enorme empenho e dedicação de centenas de militantes do Partido em toda a região, quer na sua participação colectiva, quer na sua contribuição individual que exigiu um esforço acrescido que muito se valoriza.

    Foi com o trabalho, empenho e dedicação de todo o Partido, dos seus militantes e as suas organizações, que foi preparada colectivamente, de forma democrática, participada e fraterna, a X Assembleia da Organização Regional permitindo que possamos hoje, mais uma vez, reafirmar a vida democrática do Partido, garantindo que o resultado desta X Assembleia expressa a vontade do nosso grande colectivo partidário.

    • Realizaram-se 13 Assembleias Electivas, sendo eleitos 126delegados efectivos e 126suplentes.

    As actas das Assembleias electivas assinalam que a maioria dos delegados efectivos foram propostos pelos respectivos Organismos de Direcção.

    Foram integralmente cumpridas as seguintes normas:

    • A proporcionalidade de 1 delegado por 10 militantes, a que se refere a norma 1. do artigo 1 do Regulamento.

     

    No respeito pelo consignado nos Estatutos do Partido e no Regulamento para eleição de delegados à X Assembleia de Organização Regional do Algarve, são delegados por inerência os membros da DORAL do PCP Comité Central, da Comissão Central de Controlo, e ainda camaradas a quem a DORAL entendeu atribuir a qualidade de delegados, tendo em conta a natureza das suas tarefas partidárias tal como previsto no Regulamento. São dois os delegados nesta condição, respeitando integralmente o limite máximo de 1%.

    A composição social da nossa Assembleia, com uma ampla maioria de operários e empregados 66 % do total de delegados, confirma a natureza de classe do PCP, partido da classe operária e de todos os trabalhadores.

    Quanto à composição etária, é a seguinte:

    • 11 delegados têm menos de 30 anos;

    • 48delegados têm entre 31 e 50 anos;

    • 29 delegados têm entre 51 e 64 anos;

    • 47 delegados têm mais de 64 anos.

    A idade média é de 54.66 anos tendo o delegado mais novo 16 anos e o mais velho 81 anos.

    Dos delegados presentes, 31% são mulheres e 69 % são homens.

    A Comissão de Verificação de Mandatos sublinha a ampla integração dos camaradas delegados nos diferentes níveis de estrutura orgânica do Partido.

    Do conjunto dos delegados, 6 são simultaneamente membros do Partido e da JCP.

    Em conclusão, a Comissão de Verificação de Mandatos considera que o processo de eleição dos delegado à X AORAL está em conformidade com as regras de funcionamento democrático do Partido e as normas que o regulamento estabelece, pelo que estão preenchidas as condições necessárias à legitimidade das decisões da X AORAL.

    A Comissão de Verificação de Mandatos saúda todos os delegados presentes, obreiros desta nossa Assembleia, que certamente contribuirá para o reforço do nosso Partido, da sua ligação às massas, à classe operaria e a todos os trabalhadores, contribuindo para organizar, lutar e avançar pela Democracia e o Socialismo.

  • XXI Congresso - A situação na saúde, a luta pela defesa do SNS

    Intervenção de Joana Sanches, Membro do Comité Central , XXI Congresso do PCP

    A situação na saúde, a luta pela defesa do SNS

     

     

    Saúdo a realização do XXI Congresso!
    Camaradas delegados!
    Camaradas e Amigos!

    Volvidos 41 anos, aí está, hoje, sempre, o nosso serviço público de saúde, O Serviço Nacional de Saúde (SNS), a confirmar sem margem para dúvida, o seu valor e mérito na garantia da protecção da saúde e na defesa da vida de todos os portugueses. O SNS é a resposta e sempre foi a resposta! Sempre o dissemos e não houve dia passado ou presente que não o defendêssemos. Serviço notável e humano, conquista de Abril em 1974 que permitiu inúmeros avanços na saúde e vida dos portugueses. O SNS é das maiores conquistas da democracia. Um serviço que garantiu viver mais e onde o acesso a cuidados de saúde não é uma esmola que se pede mas um direito que se exige. O SNS é património e bem comum a todos os portugueses. No entanto, desde a sua concretização, o SNS, por determinação das políticas de direita de sucessivos governos, tem aspectos essenciais para o seu desenvolvimento, que nunca foram satisfeitos.

    Há quatro anos atrás, neste momento, no XX Congresso falávamos da possibilidade de o SNS respirar de alívio e se poder reerguer, pelo brutal e cerrado ataque desencadeado pelo governo PSD/CDS nesse governo de 2015. Encontrávamo-nos na nova fase da vida política nacional, onde pela luta dos trabalhadores e do povo desenvolvida com o impulso do PCP, se abriram as portas para algumas mudanças. Mudanças tímidas e insuficientes, aquém do efectivamente necessário, porém com avanços que importa afirmar e que tiveram a marca inequívoca do PCP. No entanto os problemas persistem, fruto de anos e anos de subfinanciamento e desinvestimento em detrimento dos grandes grupos privados e que favoreceram o seu crescimento. Problemas estes agravados pelo surto epidémico. Estamos a viver, um problema complexo de saúde pública e sanitária, que veio por a nu, a necessidade de existir um sistema de saúde público, gratuito, para todos. Foi o SNS que respondeu ao problema do vírus. Confrontado com o surto epidémico, situação para a qual não estava preparado, o SNS e os seus profissionais deram uma excelente resposta garantindo o acompanhamento necessário a todos aqueles que testaram positivo ao novo coronavírus. E com isto não podemos deixar de reconhecer publicamente o papel dos profissionais de saúde, dos médicos, dos enfermeiros, dos auxiliares, dos técnicos; foi com eles que o povo pode contar para tratar-se e tratar os seus. Não foi com o sistema privado que contaram. Do sistema privado apenas poderiam esperar que a sua doença, fosse tida como oportunidade de negócio.

    Camaradas e amigos!

    Urge a valorização do SNS e dos seus profissionais!

    Continuar a investir no SNS, sendo o caminho certo e seguro, é a exigência.

    É a nossa luta...

    Como expressão dessa luta desenvolvemos a acção nacional ” Combater a COVID, recuperar atrasos, garantir o acesso aos cuidados de saúde” durante cerca de um mês e que terminou no dia 17 de Novembro, com dezenas iniciativas realizadas em 30 localidades , e que teve como objectivo chamar a atenção para a situação que se vive na saúde e denunciar o saque dos privados. A nossa luta é no sentido de se manter o combate à COVID-19, mas também recuperar atrasos e garantir o acesso aos cuidados de saúde a todos. Apresentámos em Maio o Plano de Emergência para o SNS que, a ser aprovado teria criado as condições para que o SNS não estivesse a passar pelas dificuldades que atravessa hoje.

    Através do reforço dos meios financeiros, humanos, técnicos e materiais e que garanta as condições para aumentar a capacidade, com medidas extraordinárias na contratação de profissionais de saúde que garanta condições de trabalho e os seus direitos, para aumentar o número de camas e modernizar o equipamento.

    Reafirmamos que a solução face à epidemia e ao clima de medo que foi construído em seu torno passa por: reforçar o SNS, assegurar a protecção individual, fazer a pedagogia da protecção; dinamizar as actividades económicas, sociais, culturais, desportivas; exercer os direitos políticos e sociais e combater o medo e os seus propagandistas.

    É imperativo nacional a defesa do SNS, importante conquista de Abril!

    Viva o SNS!!
    Viva o XXI Congresso!
    Viva o PCP!!!

     

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