X Assembleia da Organização Regional do Algarve

Independência financeira do PCP, garantia da sua independência política e ideológica, Pedro Purificação

Faro, 10 de Dezembro de 2022

face Pedro Purificação

Camaradas e amigos,

A independência financeira do PCP é uma importante garantia da sua independência política e ideológica, característica que decorre da natureza de classe do Partido e determina a todos os níveis a sua independência dos interesses, da ideologia e da política das forças do capital.

O PCP não depende e não quer depender do Estado. Recusa apoios dos grupos económicos e financeiros. O Partido conta, como sempre, consigo próprio, com as suas próprias forças para assegurar os meios financeiros para a sua actividade o que constitui uma afirmação ímpar e distintiva.

O Partido, pela sua natureza de classe e objectivos é alvo de campanhas a propósito da sua situação financeira e do seu património, visando limitar a sua autonomia, organização e método de financiamento, condicionar a intervenção e atingir a sua credibilidade e prestígio.

Mas desenganem-se, nada nem ninguém nos vai intimidar ou paralisar, antes nos motivarão a intensificar a acção para reforçar a capacidade financeira e a intervenção do nosso Partido.

O financiamento do Partido é, pois, conseguido na base da militância, do funcionamento e da iniciativa própria, da contribuição dos seus militantes, simpatizantes e amigos. O êxito político e financeiro da Campanha Nacional de Fundos "O Futuro tem Partido", realizada no âmbito do Centenário do PCP é um exemplo claro de que é possível, com audácia e confiança garantir os meios para a acção e intervenção partidária, estarmos à altura das exigências de hoje e de amanhã, intervir e cumprir o nosso papel na defesa dos interesses dos trabalhadores do povo e do país.

O apelo que fazemos é que com a mesma audácia e confiança se promova a campanha em curso de "Um dia de salário para o Partido".

A recolha de fundos é, assim, uma tarefa de todo o colectivo partidário. Requer o empenhamento de todos os militantes e o envolvimento de cada organização, a partir da sua própria realidade, de prosseguir o esforço para aumentar a sua capacidade financeira e a de todo o Partido.

A situação financeira actual na região continua a reclamar a urgência de implementar medidas para atingir o equilíbrio financeiro e assegurar a sustentabilidade financeira em cada uma das suas organizações, sendo imprescindível o crescimento das receitas com origem na actividade e militância, ou sejam as quotas.

Como se afirma no Projecto de Resolução da Conferência Nacional, "a quotização de cada militante é a principal garantia de um financiamento regular e estável do Partido.

O recebimento regular das quotas, elemento indispensável para a independência financeira do Partido, impõe que se mobilizem todas as energias para o atingir.

O esforço desenvolvido no âmbito da campanha da quota em dia e da elevação do seu valor deixou claro que a centralidade dada à quotização tem de ser prosseguida o que requer medidas e quadros para a sua concretização.

Falar com cada membro do Partido para a importância de ter a sua quota em dia e para o aumento do seu valor, tendo como referência 1% do rendimento mensal, alargar o número de camaradas a receber quotas para que todos os militantes tenham quem as receba, discutir regularmente e proceder ao controlo de execução em todos os organismos, aumentar o pagamento por débito directo ou transferência bancária, são aspectos fundamentais a desenvolver para que a mais importante receita se reflicta de forma crescente no reforço da independência financeira.

Mas, camaradas, no crescimento das receitas próprias é necessário continuar a valorizar e intervir para: organizar iniciativas; alargar contactos e abordagens; assegurar as contribuições dos eleitos assumindo o compromisso de não ser nem beneficiado, nem prejudicado; a recolha das contribuições pela participação nas mesas de voto, que têm um significado especial e distintivo na forma como os membros do Partido encaram a sua participação política; dinamizar campanhas de fundos; alargar a difusão e venda do Avante! e de O Militante pelo que comporta de instrumento de intervenção, esclarecimento e de ligação do Partido às massas; dinamizar o funcionamento dos Centros de Trabalho e prosseguir a política de conservação e rentabilização do Património.

Estamos perante grandes e novos desafios na recolha de fundos, mas com convicção e confiança, com a força da organização, da militância, do nosso ideal e projecto, em estrita ligação com os trabalhadores, a juventude, os democratas e patriotas, o povo português, não dependentes de terceiros, é possível reforçar a independência financeira instrumento indispensável à luta pela ruptura com a política de direita, pela alternativa patriótica e de esquerda, pela democracia e o socialismo.

Viva a 10ª Assembleia da Organização Regional do Algarve

Viva o Partido Comunista Português!

 

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