X Assembleia da Organização Regional do Algarve

A Conferência Nacional e a intervenção do Partido no Algarve. Um Partido pronto para responder às novas exigências

 Faro, 10 de Dezembro de 2022

face Celso Costa

Camaradas,

Uma forte saudação a todos os presentes nesta Assembleia.

Camaradas, ainda há pouco menos de um mês realizamos uma grande iniciativa do Partido – a Conferência Nacional “Tomar iniciativa, Reforçar o Partido, Responder às novas Exigências”.

Uma grande realização do Partido onde se discutiram orientações, se avançou com propostas, se mobilizou para a acção e a luta, se mostrou força, coesão e unidade.

Na Conferência foi afirmado que as decisões que estávamos a tomar de reforçar o Partido eram uma necessidade dos trabalhadores, da população, da juventude, dos democratas e patriotas face aos tempos difíceis que atravessamos.

O quadro político, económico e social é de grande degradação - os efeitos da maioria absoluta do PS, a deterioração das condições de vida e a falta de respostas à situação nacional, a ofensiva antidemocrática com o ataque ao Partido, toda a situação internacional com o avanço da confrontação imperialista e o aumento da exploração – precisavam e precisam de resposta do Partido.

As orientações decididas, não sendo novas, colocam uma outra centralidade de acção e intervenção junto dos trabalhadores e população. Uma acção ligada à vida e aos problemas, avançando com iniciativa e presença de rua, respondendo às novas exigências.

Foi colocado que a melhor forma de o fazer era com uma intervenção integrada, ou seja, articulando a luta pela resolução dos actuais problemas económicos e sociais com a afirmação da Política Alternativa Patriótica e de Esquerda, com a intensificação da luta de massas e o fortalecimento das suas organizações, aliando o trabalho junto de democratas e patriotas, com o reforço do Partido.

Ora aqui no Algarve é o que estamos a fazer e a realização desta nossa 10ª Assembleia de Organização insere-se nessa intervenção integrada. Toda a preparação da Conferência e da Assembleia Regional se interligaram.

Camaradas,

Nos últimos meses, e recuando só até à Festa do Avante, acompanhamos e mobilizamos para as luta desenvolvidas pelo aumento dos salários e pelos direitos no mês de luta da CGTP, na manifestação de dia 15 de Outubro em Lisboa, nas greves da grande distribuição, dos professores, do sector social, da Administração Pública, dos enfermeiros, das cantinas, e vamos estar na semana de luta da CGTP que começa hoje e vai até 17 de Dezembro e terá greve do grupo Águas do Algarve a 13 , concentração da Hotelaria e professores a 14, entre outras acções, terminando com uma grande acção em Faro no dia 17, que contará com a presença da Secretária Geral da CGTP – Isabel Camarinha. É com a luta por melhores salários que se combate injustiças e o agravamento do custo de vida.

Mobilizámos os reformados para a luta pelo aumento de reformas e pensões, com distribuições e acções de rua.

Tomamos posição sobre os horários das escolas do ensino básico de Faro e Olhão, rejeitando pagamento dos pais para suprir falta de funcionários. Rejeitamos o fecho de parques infantis em Faro, no sentido de defender o direito das crianças e pais a ter espaços para brincar.

Realizámos várias tribunas públicas sobre transportes e mobilidade, sobre os problemas do Serviço Nacional de Saúde (e vamos já na 2ªfeira realizar mais tribunas sobre o SNS , em Messines e aqui em Faro). Promovemos uma concentração no Hospital de Portimão contra o fecho de serviços e da maternidade.

Tivemos uma participação determinante nos 4 processos de reposição de freguesias que estão em curso aqui na região. Fizemos e estamos a fazer presta-contas sobre a nossa intervenção nas autarquias.

Realizamos muitas distribuições com documentos nacionais e locais, indo ao contacto com trabalhadores e populações levando as posições do Partido e puxando pela sua luta.

Tomamos posição pública sobre o Orçamento de Estado e o que lá não vem de investimento para a região, sobre as portagens na Via do Infante, sobre a construção do Hospital Central do Algarve ou sobre a falta de investimento nas forças de segurança.

Demos grande atenção ao reforço de organizações e movimentos de massas, de trabalhadores como estruturas sindicais – com destaque para o X Congresso da USAL - ou outras de diversos âmbitos como a defesa da Paz, movimentos de mulheres, estruturas de utentes, de agricultores ou de colectividades.

Camaradas, no âmbito do reforço do Partido é de destacar: a realização neste ano de 2 Assembleias de Organização Concelhias - Lagoa e Tavira; a responsabilização de quadros; a venda especial do Avante de 24 de Novembro; a realização de cursos de formação ideológica; a promoção de iniciativas de comemoração do centenário de José Saramago; a discussão regional para melhora a nossa intervenção nas redes sociais; o lançamento da campanha de fundos “Um dia de salário para o Partido” que está a decorrer e que queremos levar a bom porto; a promoção do recrutamento, com conversas dirigidas a trabalhadores, a dirigentes sindicais, a estudantes, com várias adesões ao Partido. Alguns destes novos recrutamentos inclusive já aqui estão, participando nesta Assembleia – sejam Bem vindos camaradas!

Camaradas, e se isto é um pequeno resumo dos últimos 3 meses de actividade na sequência da preparação da Conferência e da Assembleia Regional, agora no seguimento das suas realizações e com as já referidas orientações discutidas e aprovadas em colectivo, então estamos em melhores condições de tomar iniciativa, de prosseguir a luta, de reforçar ainda mais o Partido.

Já se referiu algumas lutas programadas, mas não faltará marcar na agenda a preparação de outras lutas que irão continuar a se desenvolver a partir dos locais de trabalho e empresas, a preparação desde logo do 1º de Maio, do dia da juventude trabalhadora, do Dia da Mulher e da semana da igualdade, de outras acções convergentes que a CGTP possa decidir.

Temos de continuar a tomar posição e agir sobre as muitas questões levantadas sobre a região: defesa de serviços públicos – saúde, ensino, serviço postal e bancário; o acesso à água e questões ambientais; a situação da agricultura, das pescas e marisqueio; da falta de habitação; da criação de um operador regional de transportes; da requalificação total da Estrada Nacional 125 e da 124; a construção de equipamentos e infraestruturas públicas em falta como o matadouro regional, o estabelecimento prisional em Messines, a ponte internacional em Alcoutim; a intervenção autárquica e o acompanhamento dos eleitos; entre outras frentes de trabalho.

Avançar com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, nas linhas que o Comité Central ainda agora definiu, continuar a defender o regime democrático e a Constituição.

Temos de dar continuidade à responsabilização de quadros, recrutar e dinamizar melhor toda a estruturação da organização – células de empresa, de freguesia, de sectores, mas também de fundos e quotas, de Centros de Trabalho e propaganda.

Avançar com mais cursos de formação ideológica. Desenvolver mais actividade junto de camadas e sectores específicos da sociedade como os jovens, os reformados, as mulheres. Programar visitas e acções com eleitos na Assembleia da República e Parlamento Europeu.

Tal como antes são muitas as frentes de luta e intervenção mas com confiança nos trabalhadores e nas populações de que é possível uma vida melhor iremos à luta.

Camaradas, tal como também, foi afirmado na Conferência Nacional, “nós os comunistas temos uma enorme responsabilidade e estamos à altura dessa responsabilidade”, pois como se pode comprovar nesta nossa Assembleia também os comunistas algarvios partilham e assumem essa responsabilidade.

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